A palavra quota pode ser analisada sob o ponto de vista fonético admitindo três pronúncias possíveis dos falantes da Língua Portuguesa.
Nota – Avisamos que não será possível usar os símbolos fonéticos mais adequados por limitações dos meios informáticos.
Admitamos que esta palavra é lida como /´kó-tα/. Neste caso, o grupo qu é um dígrafo porque representa apenas o som /k/. De acordo com esta realização fonética, em Portugal, os dicionários de Língua Portuguesa usam dupla grafia: cota e quota.
Se dissermos /ku-ó-tα/ não podemos considerar o grupo qu como dígrafo, visto que ambos os elementos têm realização fonética. A vogal o pertence a uma segunda sílaba.
Podemos apresentar um caso semelhante com a palavra longínquo em que existem duas sílabas depois da vogal tónica, visto que a palavra é esdrúxula ou proparoxítona, segundo a classificação das gramáticas da Língua Portuguesa.
Terceira leitura: /kwó-tα/, com o símbolo w a representar a semivogal fechada e muito breve /u/.
Se considerarmos que existe um ditongo [wó], então será crescente porque a primeira vogal é fechada e a segunda vogal é aberta.
As gramáticas elementares da Língua Portuguesa apenas apresentam os ditongos em que a segunda vogal é fechada.
Exemplos: ai, au, ei, eu, etc.
Estes ditongos terminados por vogais fechadas funcionando como semivogais são denominados decrescentes.
Como as gramáticas escolares não podem ser muito extensas, os ditongos crescentes não são considerados relevantes e, por isso, são omitidos.