Se se refere a termos usados em Angola, já dicionarizados na nossa comum língua, considero esses termos um enriquecimento, e, portanto, uma vantagem. Como exemplos, encontrei, entre outros:
Cambolação, cambolar, `cará´, jimbolamento, jimbolo, jingo, jinguba, machimbombo, maxim, `munda´, `mupanda´, mutula, `muzungo´, `pupu´, quibuca, quilombo, sibongo, `tacula´, tamargueira, tarrafe, tesse, `ulojanja´, umbala (fonte: Dicionário Porto Editora; e os termos entre plicas figuram também já no português europeu do corrector/corretor ortográfico FLIP, da Priberam).
Se se refere a variantes ortográficas, adoptadas/adotadas em particular para esse grande país, confesso que as desconheço. Tenho pensado que Angola segue a norma portuguesa, embora isso não signifique que eu ache que se deva ignorar a norma brasileira (aliás só diferente em pormenores que não considero significativos para impedir uma boa comunicação). O ideal seria, claro, uma norma comum para todos os países com a mesma língua oficial. Era o que pretendia a nível planetário o chamado Novo Acordo Ortográfico (de 1990), de que foram (tão interessadamente…) seus assinantes os países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Reconheço que não era um acordo perfeito, mas unificava as normas e talvez desse ainda mais força universal a esta nossa comum língua (já a sexta do mundo e com 176 milhões de falantes, segundo a UNESCO).
Cumprimentos de um irmão na língua,
Ao seu dispor,