1. – O vocábulo alerta pode ser:
a) Advérbio, com o sentido de atentamente, em vigilância, de sobreaviso:
O João estava sempre alerta, para que ninguém o atraiçoasse.
b) Adjectivo, significando vigilante, atento. O “Dicionário Aurélio” tem a seguinte frase:
Nada lhes escapa, são homens alertas.
c) Interjeição, com os significados de sentido! atenção! cuidado! cautela! Exemplo:
Alerta! Olha que eles querem-te enganar.
d) Substantivo, significando o grito da sentinela para indicar que os camaradas devem estar vigilantes. O nosso escritor Camilo Castelo Branco escreveu nas “Memórias de Cárcere”, I, II:
«(...) tinha adormecido às quatro horas, quando as sentinelas cessaram de bradar o alerta».
Como adjectivo, varia em número como vimos na alínea b). O mesmo se dá, quando é substantivo, como se compreende.
Aqui ouvem-se todos os alertas da sentinela.
2. – Segundo a nomenclatura gramatical brasileira, o vocábulo nenhuma pode ser:
a) Pronome indefinido substantivo:
Estão aqui muitas pessoas, mas nenhuma pertence à minha família.
Nenhuma tem aqui valor de substantivo, porque está a representar um substantivo.
b) Pronome indefinido adjectivo:
Nenhuma pessoa das que estão aqui pertence à minha família.
Nenhuma tem aqui o valor de adjectivo, porque está a acompanhar um substantivo (o substantivo pessoa), determinando-lhe a extensão do significado.
Este pronome varia:
a) Em género, porque temos nenhum (masculino) e nenhuma (feminino).
b) Em número, porque temos nenhuma (singular) e nenhumas (plural).