Muito obrigado pela sua achega. Só gostava de observar que a forma malassada ocorre em dicionários mais antigos, como sejam o de Cândido de Figueiredo (3.ª edição) e o de Domingos Vieira (1871), ambos anteriores à ortografia hoje vigente em Portugal. Parece-me que o facto de a “malassada” micaelense não ser o mesmo que a outra mal-assada não determina que estas diferentes grafias sejam indício de as palavras serem também etimologicamente diferentes. Com efeito, o uso do hífen é apenas uma convenção gráfica, e a diferença entre ss e ç também o é, sobretudo em relação aos dialectos portugueses das ilhas, do Sul e de todo o litoral. Mal-assada e “malassada” podem, portanto, ter a mesma origem e constituírem variantes gráficas de uma mesma forma fonética.