Trata-se de uma palavra formada pela união de dois radicais de origem latina agro- + pecuaria-. Não estamos, portanto, perante um caso de hibridismo, uma vez que ambos os elementos da palavra provêm da mesma língua.
Celso Cunha e Lindley Cintra (in "Nova Gramática do Português Contemporâneo") incluem agro- nos radicais que denominam de pseudoprefixos, pois apresenta um elevado grau de independência e possui uma significação mais ou menos delimitada e presente à consciência dos falantes, de tal modo que o significado do todo a que pertence se aproxima de um conceito complexo (agricultura/criação de animais, no caso de agropecuária).
Dizem estes autores ainda que os pseudoprefixos evidenciam deriva semântica, quando ingressam em formações diferentes com sentido diverso do etimológico, e que essa deriva semântica decorre de um procedimento especial, a que Martinet chamou «recomposição» por não se identificar nem com a composição propriamente dita , nem com derivação, que combina elementos de estatutos diferentes.
Temos, assim, uma recomposição a partir de elementos latinos, sendo agro- um pseudoprefixo.