A grafia correcta na língua portuguesa do ácido desoxirribonucleico é ADN.
Mas não devemos ser xenófobos. Na impressionante rapidez de aumento actual dos conhecimentos, muitos nos vêm do estrangeiro, e, com eles, as novas designações. A ciência é cada vez mais planetária (como as comunicações), e é indispensável que os especialistas se entendam entre si, qualquer que seja o seu país de origem. Já foi no Oriente o português, já foi o latim na Europa, já foi o francês na diplomacia; hoje é o inglês a língua universal das comunicações, temos de o aceitar.
Quando escrevo para portugueses, grafo com as designações que estão consagradas em Portugal: ADN, NATO, etc. Quando escrevo na mundialização, preciso de ser humilde, se desejo que me entendam todos, em toda a parte. E, mesmo para portugueses, se não existem designações já consagradas em Portugal, acho preferível seguir aquelas em que de certeza sou entendido, sem confusões de trocas de posições das letras.É também este o critério que uso nos nomes estrangeiros (mas nesse caso colocado sempre entre aspas). Não sinto pessoalmente nenhuma resistência em utilizar um nome estrangeiro, se não houver `termo equivalente da nossa língua com o mesmo valor semântico e que transmita a ideia sem ambiguidades´.