Pois... Ao meu ouvido transmontano também causa estranheza a vogal tónica aberta em poça [/póça/], ou a pronúncia do i da primeira sílaba da palavra ministro que na minha região se diz [/menistro/]. Mas por muito que me custe, tenho de aceitar as diferenças e olhar a diversidade como enriquecimento da Língua.
Numa coisa lhe dou inteira razão, se bem interpreto o seu comentário: existe hoje uma tendência tremenda para abrir indiscriminadamente os ós tónicos no plural de palavras como acordo, aborto, transtorno, pescoço, rosto, etc.
E não é o "Zé Maria Pincel" que o faz. Ouvi o então Presidente da República Portuguesa Ramalho Eanes dizer "/abórtos/", e o actual Presidente Jorge Sampaio diz sempre "/acórdos/". Então, sim, é que me doem os tímpanos!