O termo drive-thru não tem, de facto, tradução na língua portuguesa.
Trata-se de um conceito importado dos Estados Unidos da América, como importada foi a realidade que ele designa: uma troca comercial que se realiza através da janela do carro do cliente.
Em Portugal, haverá decerto muita gente que se refere a um drive-thru como um McDrive, pela simples razão de ser a McDonald´s a mais conhecida empresa a disponibilizar esse serviço.
Por outro lado, a expressão drive-thru comporta uma dificuldade fonética para os portugueses, pois na nossa língua não temos o som [θ], das letras “th”. Assim, é mais fácil chamar McDrive a qualquer drive-thru, independentemente do facto de a McDonald´s não ser a única nem ter sido a primeira empresa a proporcionar essa comodidade aos clientes.
Isto não significa que eu aconselhe um português a usar o termo McDrive para se referir a um drive-thru – até porque nem todos os drive-thru são de restaurantes (existem os dos postos de abastecimento de combustível, por exemplo). Na minha opinião, e sendo quase certo que não se vai criar na nossa língua uma tradução para o conceito (seria ridículo dizermos «conduza através», ou mesmo «guia e paga»), temos de resignar-nos a usar mais esse estrangeirismo, grafando-o entre aspas ou em itálico e pronunciando-o como melhor soubermos.
Nota: o termo drive-in já foi registado pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, com a seguinte definição: «Cinema, restaurante ou qualquer serviço a que se tem acesso de automóvel, onde se pode assistir a um filme ou ser atendido sem sair da viatura.» Não se trata, no entanto, da mesma realidade, pois no drive thru os clientes apenas adquirem um produto, não o consomem no mesmo local.