Relativamente à pronúncia da sílaba tónica das formas verbais citadas pelo consulente, é possível pronunciar o e como aberto,[ɛ], ou semifechado, [e].
Se, nas zonas consideradas de pronúncia-padrão do português europeu, é mais comum pronunciá-lo como aberto, o facto é que noutras regiões há quem o pronuncie como semifechado, o que também acontece no português do Brasil.
Atendendo a estas variantes do português, o novo Acordo Ortográfico (Base IX: da acentuação gráfica das palavras paroxítonas) determina, pois, que seja facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos).
Assim, parece-nos correto afirmar que ambas as pronúncias, [ɛ] e [e], são admissíveis.