Em nossa opinião, a forma como o apelido consta no registo e por consequência no bilhete de identidade e em outros documentos pessoais, assim será o seu uso. Se a família escreve Garcez, pensamos que assim deve continuar a ser escrito, sem preocupações relacionadas com as diferentes formas de ortografia existentes.
No que diz respeito à origem do apelido, José Pedro Machado, no seu Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, sugere que se trata de um apelido com origem no patronímico de Garcia. Na Idade Média, os patronímicos eram formados com base em nomes próprios aos quais se juntava o sufixo -ez, tal como acontecia em galego e em castelhano: Rodrigo/Rodriguez. É provável que a mesma correspondência possa ser estabelecida no caso do apelido em apreço: Garcia/Garcez. Recorde-se, todavia, que a reformas ortográficas do século XX obrigaram a que estes nomes se escrevessem com -s final. Em suma, é provável que Garcez seja uma forma etimologicamente adequada, mas Garcês é a grafia mais actualizada, em harmonia com os princípios da ortografia vigente.