Verifico que o topónimo se escreve Paraduça em placas toponímicas, tal como o regista o velho Diccionario Chorografico de Portugal de F. A. de Mattos, publicado em 1889. Nesta obra ficamos a saber que há duas Paraduças em Portugal: uma na freguesia de Arões, no antigo concelho de Macieira de Cambra (hoje Vale de Cambra), distrito de Aveiro; e outra em Calde, Viseu. Contudo, é outra a grafia que aparece no Dicionário Onomástico-Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado – Paradussa, topónimo que ocorre em Castelo de Paiva, Moimenta da Beira, Vale de Cambra, Viseu (idem). Machado explica que esta forma se deve à contracção da expressão Parada de Ussa, ou seja, «Parada de Ursa». Não tendo podido confirmar a grafia nem a etimologia noutra fonte, resta-me observar que a forma registada por Machado tem bastante sentido, uma vez que em galego-português e português medieval “usso/ussa” ou “osso”/”ossa” eram o mesmo que urso/ursa (em galego, a forma e a grafia mais correntes são “oso/osa”).