Recorremos a F.V.P. da Fonseca, que diz o seguinte:
«Não conhecia a expressão, mas calculo que se empregue no mesmo sentido de "borrar a pintura", isto é, estragar, no todo ou parcialmente, algo que está mais ou menos bem. Como se sabe, a opa é uma espécie de capa sem mangas, mas com aberturas para os braços. Trata-se, portanto, de um emprego de uma expressão em sentido figurado.»
Note-se que não conseguimos encontrar uma fonte que explicasse claramente as circunstâncias históricas da criação da expressão em apreço. Contudo, o facto de uma opa ser uma das peças de vestuário usadas pelos membros de confrarias e irmandades religiosas (cf. dicionário da Academia das Ciências de Lisboa) torna plausível a hipótese de haver aqui uma origem metafórica: assim como sujar a opa afecta a solenidade da situação em essa peça é usada, assim também os erros, que comprometem o êxito das nossas acções.