Em «mas se não fica, devia ficar» o verbo ficar só pode ir buscar o referente a «fique indiferente» da oração anterior. Desta forma, se introduzirmos os elementos que estão "apagados" na frase original, obteremos «mas se não fica indiferente, devia ficar indiferente».
A questão está também em saber se «mas se não fica, devia ficar» está dentro do escopo de «eu não diria que», ou seja, se a frase deveria ser «eu não diria que, se não fica indiferente, devia ficar» ou se funciona como uma frase independente. Para que estivesse dentro da completiva «eu não diria que», seria necessário que o complementador «que» fosse repetido depois da conjunção «mas», isto é, seria necessário que tivéssemos «mas que, se não fica, devia ficar», pelo que me parece estarmos perante uma frase independente.
Assim, esta construção frásica leva a crer que, se não fica indiferente, devia ficar.