Já aqui se tem falado nestes temas, e será difícil voltar ao mesmo, mesmo resumidamente (como não pode deixar de ser), sem cair em algumas repetições.
A linguagem é, latu sensu, o meio de comunicação utilizado por uma comunidade humana (ou animal) para transmitir mensagens. No sentido de sistema de signos directos ou naturais, a linguagem supõe um locutor e implica fenómenos ligados à transmissão da mensagem no interior dum contexto espaço-temporal e cultural dito situação.
No ensino da língua portuguesa, como no de qualquer outra língua materna, tem pois de procurar-se que os alunos saibam exprimir-se e compreender a sua língua, quer oralmente quer por escrito. Todos os meios são bons: a leitura em voz alta ou para si próprio, a cópia, o ditado, a redacção, os exercícios gramaticais propriamente ditos (escritos e orais), a conversação com o professor ou entre dois ou mais alunos, com a intervenção constante do mestre. Também a aprendizagem de cor de certas poesias de bons autores e a sua recitação se revela muito importante. Já se sabe que se tem de chamar a atenção para as duas grandes variantes do português (o europeu e o brasileiro), adquirir uma noção do que são dialectos, sem esquecer também os diversos níveis da fala, esclarecendo-se os alunos acerca das situações em que se devem (ou podem) empregar uns ou outros.