Muito resumidamente, podemos afirmar que Fernão Lopes levou a prosa do português arcaico ao seu maior brilho e com Camões a nossa língua entrou francamente no período moderno.
Fernão Lopes, considerado por Herculano como «o pai da prosa portuguesa», particularmente na Crónica de D. João I, traz qualquer coisa de novo para a capacidade expressiva da língua, que apura e enriquece tanto com termos concretos como com abstractos, em sintaxe e estilo reveladores de um génio original de primeira ordem.
Com Os Lusíadas, de Luís de Camões, a grande epopeia do mundo moderno, a língua portuguesa ficou definitivamente fixada, pois na essência é a mesma de hoje, apesar de ainda apresentar, por exemplo, terminações arcaicas (como -bil, em terríbil) e de a pronúncia do Renascimento ser alguma coisa diferente da actual.