Não há regras consensuais para o que pretende saber. A grafia dos títulos de livros, filmes, peças de teatro, quadros e obras afins, jornais ou revistas, decorre de opções de estilo da respetiva publicação ou editora. Por exemplo, há jornais que, nos seus livros de estilo, especificam o uso do itálico1 (é o caso do Público ou do El País, por exemplo), outros preferem as aspas (usadas na Folha de S. Paulo), e outros ainda o negrito. O critério deve é ser uniforme e por forma a marcar a diferença do tipo de letra do texto principal.
Já para trabalhos académicos, transcreve-se aqui o que aconselha João Soares de Carvalho no livro Metodologia das Humanidades — Subsídios para o Trabalho Científico, Lisboa, Inquérito Universidade, 1994, p. 61-63):
Os títulos2 [não de textos ou de capítulos] deverão aparecer sempre em itálico (ou em negrito), mas nunca entre aspas» e que, «em caso de dúvida, ou para evitar qualquer confusão, todas as exceções podem ser sublinhadas ou postas em itálico, mas nunca entre aspas».
1 Itálico ou grifo, como se prefere no Brasil. «Designa a letra inclinada à direita. O nome faz referência a Francesco Griffo, que em 1501 gravou um tipo de letra intermediário entre o redondo (de pé) e o manuscrito. No início, essas letras eram chamadas “venezianas” ou “aldinas”. Depois, ficaram conhecidas como “itálicas”. O termo grifo (ou itálico) passou a ser empregado para distinguir a versão inclinada de qualquer tipo de letra (…)» [in Novo Manual de Redação da Follha de S. Paulo, ed. 1992].
2 Constam da lista com os principais títulos: títulos de livros; peças de teatro; poemas em livro; panfletos; jornais; revistas; filmes; programas de televisão; bailados; óperas; música instrumental; pinturas; esculturas; navios; aviões (cf. João Soares de Carvalho, ob. cit., p. 61-62).