As frases em causa são frases imperativas indirectas. As frases imperativas podem ser de dois tipos: directas e indirectas. As directas são frases independentes e utiliza-se o modo imperativo; as indirectas são frases que ocorrem em contextos de subordinação e utiliza-se ou o conjuntivo ou o infinitivo. Ambos os tipos de frases exprimem uma ordem, um desejo ou um pedido.
Veja-se um exemplo de cada uma respectivamente:
(i) «Come a sopa!»
(ii) «Diz-lhe que coma a sopa!»
No entanto, as frases imperativas indirectas admitem a omissão da frase principal ou subordinante:
(iii) «Que coma a sopa!»
Ora, nas expressões em causa, a frase principal também está elidida, e, se inserirmos a frase subordinante, o seu conteúdo não se altera:
(iv) «(Desejo) que venha o diabo e escolha!»
(v) «(Desejo) que me caia o tecto em cima se não é verdade!»
Sucede que estas frases são expressões idiomáticas da língua e, como tal, são inalteráveis, e nunca surgem com a oração principal.
Sempre ao seu dispor.