António José Saraiva (O Teatro de Gil Vicente, Portugália Editora, 1959, p. 385) refere, numa nota explicativa de uma passagem do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, o seguinte: «Burrela: esta palavra parece ter origem numa cerimónia pela qual as mulheres acusadas de menos honestidade eram expostas, montadas num burro, aos apupos dos rapazes. Daqui parece ter derivado a expressão fazer burrela, apupar».