Os três termos são parcialmente equivalentes: todos respeitam a constituintes não seleccionados por núcleo de grupo (ou sintagma).
O termo circunstante pertence ao quadro da Gramática de Valências. Neste âmbito, os circunstantes opõem-se aos argumentos (ou actantes) do verbo.
Os circunstantes não pertencem ao «quadro frásico» do verbo, não são exigidos pelo verbo.
«O Zé mora no Porto.»
– «no porto» é um argumento do verbo morar.
«O Zé encontrou-se com a Ana no Porto.»
– «no Porto» é um circunstante.
O modificador é a função sintáctica do constituinte que não é seleccionado nem pelo nome, nem pelo verbo.
O modificador do nome pode ser um adjectivo, um grupo preposicional ou uma oração. O modificador do grupo verbal pode ser um advérbio, um grupo preposicional ou uma oração. O modificador da oração é um advérbio ou locução adverbial.
A noção de adjunto é mais abrangente que a de modificador. Consideram-se adjuntos adnominais o adjectivo, o determinante, o numeral e «expressões que, além de qualidade, denotam posse ou especificação: Livro de Pedro; Roda de carro» (E. Bechara 2001 — Lições de Português pela Análise Sintáctica, 16.ª ed., Editora Lucerna, p. 76). Consideram-se adjuntos adverbiais os advérbios e as locuções adverbiais que afectam não só o verbo mas também o adjectivo ou outro advérbio.