São poucos os gramáticos normativos brasileiros a tratar desse caso específico de colocação pronominal. Evanildo Bechara, por exemplo, recomenda a próclise em casos semelhantes, como trouxe o consulente. Em concursos públicos, é assim que a maioria das bancas também entende.
No entanto, alguns gramáticos e poucas bancas, como a Vunesp*, pensam diferentemente.
Na página 249 da 5ª edição do livro A Gramática para Concursos Públicos, de Fernando Pestana, lê-se assim:
«... os gramáticos Napoleão Mendes de Almeida e Domingos P. Cegalla também entendem que, por razões enfáticas ou de eufonia, pode o pronome vir depois do verbo em frases em que haja um sujeito entre o conectivo que encabeça a oração subordinada e o verbo: "Ainda se acredita que os homens amam-se uns aos outros."»
Sempre às ordens!
* Consulte: VUNESP – Prefeitura de Morro Agudo/SP – Médico Cardiologista – 2020 – questão 7 (opção B).