A expressão «pelas ruas apinhadas» só pode ser um complemento circunstancial de lugar por onde, porque o verbo passear é intransitivo, logo não tem voz passiva e, consequentemente, não tem agente da passiva.
Mesmo que tivesse sido utilizado um verbo transitivo na frase, é improvável que «pelas ruas apinhadas» pudesse ser agente da passiva, uma vez que o substantivo rua não costuma ser usado como agente de uma acção. Por exemplo:
(1) «A Rita foi arrastada pelo namorado pelas ruas apinhadas.»
(2) «A Rita foi arrastada pelas ruas apinhadas.»
Em (1), o agente da passiva é «pelo namorado» (é o agente da acção) e, em (2), não ocorre. A interpretação de «pelas ruas apinhadas» é, pois, a de complemento circunstancial em ambas as frases.