Paulina Chiziane - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Paulina Chiziane
Paulina Chiziane
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Nascida em Manjacaze (Gaza, Moçambique), em 1955. Estudou Linguística em Maputo. Vive e trabalha na Zambézia. Primeira mulher moçambicana a publicar um romance – Balada de Amor ao Vento, depois da independência (1990). Seguiram-se Ventos do Apocalipse (Maputo em 1995, em edição da autora e, em Portugal, pela Editorial Caminho em 1999), O Sétimo Juramento e Niketche (publicados em Portugal em 2000 e 2002, respetivamente). Agraciada pelo Estado português com o grau de Grande Oficial da Ordem Infante D. Henrique, em 2014.  Rcebeu em 2021 o mais prestigiado galardão das letras em língua portuguesa, o Prémio Camões.

 
Textos publicados pelo autor
«Eu africana, eu sou, eu tenho!»
Moçambicana Paulina Chiziane, na atribuição do Prémio Camões 2021

«Premiar uma negra bantu com uma distinção tão alta, abre uma nova era na nossa história. Nós africanos, aprendemos a língua portuguesa mas eles não apreenderam as nossas. Aproveito esta magna ocasião para convidar a todos a conhecer a beleza das nossas línguas

Intervenção da escritora moçambicana Paulina Chiziane na cerimónia oficial da atribuição do Prémio Camões 2021.Texto transcrito, com a devida vénia, do número 1374 do trissemanário português Jornal de Letras, Artes e Ideias, de 31 de maio a 13 de junho de 2023.Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Paulina Chiziane: «No momento da guerra  <br>entre o preto e o branco, onde é que fica o mulato?»
Escrever sobre a realidade de Moçamique

«No momento da extrema dor, no pensamento mais profundo, aquele que vem na madrugada, não é em português. É o bantu. Numa primeira fase, o português acaba sendo como uma língua de trabalho e não uma língua de afecto. Depois uma e outra misturam-se.»

Entrevista conduzida pela jornalista portuguesa Isabel  Lucas  a Paulina Chiziane, escritora moçambicana galardoada com o Prémio Camões 2021, que. entre outos temas, ,a fala da sua relação com a língua portuguesa e com a poesia de Camões, bem como sobre a sua experiência na abordagem temas sociais numa recriação literária em contexto bilingue, em permanente contacto com as línguas bantas de Moçambique. Texto transcrito com a devida vénia do suplemento Ípsilon do jornal Público, em 27 de maio de 2022. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.