Textos publicados pelo autor
Mais grande
Pergunta: Por que razão pode-se dizer «mais pequeno» e não se pode usar «mais grande»?Resposta: Não se pode dizer mais grande, simplesmente por isto: a Língua Portuguesa não enveredou por aí. É linguagem que ninguém aceitou. Há, porém, dois casos em que se emprega mais grande:
a) Quando se comparam qualidades no mesmo indivíduo:
1) João é mais grande que pequeno.
b) Quando o advérbio mais não está em função de comparar, mas de superlativar:
-...
Dar
Pergunta: «Se tiveres "email" pessoal, o melhor é `dar-lo´ a conhecer. «Dar-lo» está correcto?Resposta: O correcto é: «… o melhor é dá-lo a conhecer», e não «"dar-lo" a conhecer».
A forma dá-lo provém do antigo dar-lo. O r assimilou-se a l e tornou-se l: dal-lo (=da-llo). Depois os dois ll simplificam-se num só, e daqui temos hoje dá-lo....
Acordo Ortográfico
Pergunta: Há alguma instituição comum às nações lusófonas que decida com regularidade como se grafam os novos vocábulos que permanentemente enriquecem a nossa língua? Se sim, por favor, informem-me. Se não, porque não? E neste caso – e receio ser este o caso – será que um acordo ortográfico serve para alguma coisa se nada for feito para impedir que surjam novas divergências ortográficas nos neologismos e nos novos termos técnicos ? Que pensa a SLP disto? P.S.: Será que vale a pena preocuparmo-nos em que uns escrevam 'ato e outros...
Se não e senão
Pergunta: O sol assim captado é sol, mas sol de teatro, ouro em falsete, luz barata, e no prego não dá nada, que o prego não acredita (senão já estava falido) nesse ouro sem quilate.........
Cito da Antologia de Ciberdúvidas estes versos do belíssimo poema «Adjectivo» de O'Neill, para vos perguntar se o «senão», neste caso, está bem empregue. Não deveria ser «se não» (se o prego não procedesse assim, já estava falido)?Resposta: Nem sempre é muito fácil distinguir.
Vejamos:
I - Senão emprega-se...
Um pouco de vírgula
Pergunta: Estou com algumas dúvidas quanto ao emprego da vírgula entre orações subordinadas. Nesta frase: «A referência é portanto desprovida de significação quando a perscrutamos de modo absoluto, como se quiséssemos extrapolar o próprio domínio do discurso no qual nos localizamos sem, contudo, deixar de discursar por meio dele.». Não tenho certeza do que é certo. Seria do jeito que está, ou «…localizamos, sem, contudo, deixar…» ou «…localizamos, sem contudo, deixar…». Acho que o problema está no que consideramos como...
