Isabel Pires de Lima - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Isabel Pires de Lima
Isabel Pires de Lima
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Ministra da Cultura do XVII Governo Constitucional de Portugal, tendo sido deputada na Assembleia da República. Licenciada em Filologia Românica (1974) e Doutorada em Literatura Portuguesa (1987). É especialista na obra de Eça de Queirós. Professora Emérita / Professora Catedrática da Universidade do Porto e investigadora do Instituto de Literatura Comparada ML (unidade I&D FCT).

 
Textos publicados pela autora
O fim da literatura portuguesa no Brasil?
«Uma espécie de grito do Ipiranga fora de tempo»...

«Ao pretender privilegiar, por razões de estratégia político-económica pós-colonial  – escreve neste artigo* a ex-ministra portuguesa da Cultura, Isabel Pires de Lima, a propósito da  exclusão da obrigatoriedade do ensino da literatura portuguesa no Brasil —,  o diálogo cultural sul-sul, em detrimento e não em convergência com o diálogo norte-sul, o Brasil está a dar uma espécie de grito do Ipiranga fora de tempo face à velha Europa.»

* in Diário de Notícias de 11 de abril dee 11 de abril de 2016. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Em favor da revisão do Acordo Ortográfico:  <br> três ordens de razões

Compreendo que o Governo português tem um compromisso político-diplomático, assumido em 2004 pelo Governo de então, que dificilmente lhe permitiria não ratificar o II Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico, independentemente de discordâncias que porventura tenha quanto ao seu conteúdo. Certamente por isso, e não apenas por questões de carácter pragmático ligadas à sua implementação no terreno, a pre...

Estou certa de que a maioria esmagadora dos portugueses continua a não entender o que realmente se passa relativamente à questão do famoso Acordo Ortográfico assinado em 1991. Para muitos, o último episódio do ‘processo Acordo Ortográfico’, protagonizado pelo PR durante a recente viagem ao Brasil, publicitando uma decisão do Governo, terá significado que, por fim, o dito acordo entrou em vigor. Ora, tal não é verdade. (...)