Textos publicados pela autora
O verbo informar e a voz passiva
Pergunta: Pergunto se esta frase está correta:
«A doença deve ser informada por escrito pelo trabalhador.»
Não deveria ser "comunicada"?
Se passarmos da forma passiva para a ativa, temos «O trabalhador informa a doença por escrito».
Quando se informa, informa-se alguém, o que não acontece no exemplo apresentado.
Grata.Resposta: Tem razão a consulente nas considerações que faz.
Com efeito, o verbo informar está, na construção apresentada, a ser usado como transitivo direto, numa situação em...
Quanto como determinante interrogativo
Pergunta: Sobre a frase «quantos lápis compraste em duas horas?», perguntava-vos se a palavra sublinhada não poderá ser, também, um determinante interrogativo.
Obrigado.Resposta: Com efeito, na frase apresentada, quantos é um determinante interrogativo.
A frase em questão é interrogativa na medida em que veicula um pedido de informação.
Esta frase é introduzida por uma palavra interrogativa que, neste caso, incide sobre o nome lápis. Por esta razão, trata-se de um...
Quantificadores e pronomes indefinidos
Pergunta: Por que razão nas frases:
(1) «Qualquer sobremesa é uma boa escolha. São todas ótimas.»
(2) «Vi bastantes filmes neste fim de semana, mas poucos me cativaram.»
(3) «A minha avó ofereceu-me dois vestidos e eu gostei muito de ambos.»
as palavras qualquer, todas, bastantes, poucos, ambos são quantificadores universais (qualquer, todas e ambos) e existenciais...
A expressão «à memória»
Pergunta: Sei que o tema já foi aqui trazido, mas sem contextualização.
Tenho, infelizmente, passado algum tempo num determinado cemitério e tenho ficado intrigada com o facto de as lápides das campas e dos ossários dizerem todas «À memória de».
Contudo, nas placas colocadas nos ossários – em particular, mas não só –, existe a nítida intenção de recordar alguém e não, propriamente, a de homenagear ou dedicar o espaço / a placa a alguém.
Assim, no meu entender, a inscrição mais correta deveria ser «Em memória de»...
