Os Portugueses acusaram o impacto da pandemia ao escolherem saudade como palavra do ano 2020 em votação organizada pela Porto Editora). Ficaram ficando em segundo e terceiro lugares as palavras covid-19 e pandemia.
A Priberam fez igualmente uma lista de palavra do ano, seguindo o critério de identificar as mais procuradas no seu dicionário em linha, que são coronavírus, pandemia, quarentena, confinamento, zaragatoa, telescola, calamidade, antirracismo, assintomático, letalidade e femicídio.
Também em Espanha, a pandemia e seus efeitos mostraram a sua força no facto de a Fundéu RAE ter selecionado «confinamiento» como palavra do ano. Por sua vez, no Reino Unido, a Oxford Languages assinalou as palavras mais usadas em inglês, elencadas num artigo que pode ser consultado aqui. E, nos Estados Unidos da América, a American Dialect Society, entidade sobretudo dedicada ao estudo do inglês norte-americano, declarou Covid como a palavra de 2020 após a votação que promove anualmente.
Já na Alemanha, a opção foi pelas «piores palavras de 2020»: Corona-Diktatur («ditadura do coronavírus») e Rückführungspatenschaften («patrocínio de repatriação») .
A pandemia trouxe, entretanto, consigo o denominado «covidês» – um conjunto de termos e expressões oriundos da realidade criada pela covid-19. São palavras novas grande parte delas, conferindo igualmente uma importância diferente a determinados termos ou expressões, levando ao aparecimento de novos neologismos e à recuperação de outros vocábulos caídos quase esquecimento ou de universos de significação muito restritos. São os casos, entre outros, Coronado, Coronaro, Covidar, Covidexit, Covidices e Covidivórcios.