«É "desvastadora"»: assim se referiu à doença de Alzheimer um especialista naquela patologia, ao ser entrevistado no programa Bom Dia, Portugal*, da RTP 1, de 6 de novembro de 2013 (ca. das 8h50). E por duas vezes o fez! Ora o que deveria ter dito era «devastadora», do latim devastāre, com o sentido de «arrasadora, destruidora». "Desvastadora" é vocábulo mal formado e, portanto, incorreto. O erro advém muito provavelmente da confusão entre os antepositivos de- e des-, presentes em múltiplas palavras.
* Convém assinalar que, nas emissões da RTP 1, o título do programa de informação em referência ocorre erradamente sem vírgula, embora esta seja necessária entre uma fórmula de saudação ou de agradecimento («bom dia», «obrigado») e o vocativo que marca o destinatário dessa fórmula (ex.: «Bom dia, Portugal.»).