«Maddie raptada», «Maddie vista ora em Marrocos ora na Bélgica»; «Maddie morta», «Maddie assassinada», «assassinada por…». Tudo tem valido no jornalismo-“bitaites” que se vai lendo e ouvindo, nos últimos dias, à volta do caso da menina inglesa desaparecida na praia da Luz, no Algarve. Inclusive o assassínio em directo do já de si tão maltratado verbo haver* pelos papagaios da mais despudorada especulação das fontes (policiais)… anónimas.
* Por sinal, onde esses erros mais primários não deviam, de todo, acontecer: na estação pública de televisão portuguesa. «Vão haver mais inquirições» (Sandra Felgueiras, Telejornal, RTP-1, 6/8/07). «Enquanto não hajam certezas…» (idem, ibidem, 7/8/07). «Um antigo inspector da PJ admite que possam ter havido falhas na investigação» (esta em dose dupla, para a asneira ser mais audível: Hélder Silva, Jornal da Tarde, RTP 1 + Alberta Marques Fernandes, Jornal Dois, RTP 2, 9/8/07).