A palavra metadados entrou na ordem do dia devido ao chumbo da Lei dos Metadados por parte do Tribunal Constitucional.

Esta palavra surgiu em 1969, criada por Jack Myres, para designar as informações usadas para descrever e classificar dados que descreviam registos de arquivos tradicionais.

Metadados é uma palavra derivada que resulta da junção de dados ao prefixo grego met(a), que significa «no meio de», «entre», «atrás», «segundo». Assim, os metadados são dados sobre os próprios dados.

No caso das telecomunicações, os metadados dão informações sobre os proprietários dos números em contacto, a duração das chamadas ou a localização dos equipamentos. No contexto das comunicações via Internet, os metadados fornecem informações sobre os códigos de identificação do utilizador e do destinatário ou, por exemplo, a localização geográfica.

Os metadados são muito utilizados na investigação criminal porque dão informações, por exemplo, sobre a localização das pessoas investigadas em dias ou horas de interesse ou dão informações sobre o registo das chamadas efetuadas, elementos que poderão ser fulcrais na constituição de prova.

Os metadados acompanham a nossa vida quotidiana. Mesmo que não nos apercebamos, estamos constantemente a divulgar as nossas atividades. A grande questão é saber em que medida essas informações poderão ser consideradas públicas.

Áudio disponível aqui:

[AUDIO: Carla Marques_Metadados]