O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Só fui para lá

A utilização dos verbos trazer e levar pode levantar algumas dúvidas, visto que há contextos em que podem ser correferenciais, mas na generalidade dos casos estes verbos denotam eixos de movimentação opostos. A troca do verbo trazer pelo verbo levar muda o sentido do movimento, mas há falantes para quem o sentido do verbo, e consequentemente do movimento, é o inverso. É disso que nos dá conta esta crónica do Professor Ferrão, assinada por Edno Pimentel no jornal angolano Nova Gazeta.

 

 

«O meu marido não pode ter outra. Não gosto de ter inreval.»

As rivalidades entre mulheres no amor são o mote de mais uma crónica do Professor Ferrão, do jornal angolano Nova Gazeta. Edno Pimentel escreve sobre o uso do termo "inreval" em Angola para designar uma adversária ou uma concorrente na disputa do mesmo homem.

 

Não que eu goste de ouvir conversas alheias, mas, às vezes, as pessoas falam tão alto, que… pronto. Acabo ouvindo.

«Já me cortaram. Não sou mais ‘kiungueiro’»

Nesta crónica na sua coluna Professor Ferrão, do jornal angolano Nova Gazeta, Edno Pimentel debruça-se sobre o uso em Angola de "circuncisado" e circuncidado, a par do termo kiungueiro.

 

Uma senhora defendia o filho de, mais ou menos, nove anos, quando este era insultado pelos amigos da mesma idade, presumo. Um deles disse: «Ché! Você ainda é ‘kiungueiro’?» Em defesa, respondeu: «Já me cortaram. Não sou mais kiungueiro!»

A minha filha não estava

Uma pequena inflexão da língua é o suficiente para mudar o ponto de articulação de uma consoante e, desse modo, transformar uma palavra numa outra. Isto é o que sucede no par registada-rezistada, como conta Edno Pimentel, em mais uma crónica na sua coluna Professor Ferrão, do jornal angolano Nova Gazeta.

 

 

Se

Os erros na conjugação do futuro do conjuntivo do verbo ver entre alguns falantes de português em Angola, e também presentes na produção de falantes de outros espaços da língua portuguesa, são o tema abordado por Edno Pimentel, em mais uma crónica na sua coluna Professor Ferrão, do jornal angolano Nova Gazeta.

 

Ela não aceita destrocar o dinheiro

À semelhança do que sucede noutros espaços do português, em Angola o verbo trocar também se enriquece quando trata de dinheiro. Disso nos dá conta Edno Pimentel, em mais uma crónica na sua coluna Professor Ferrão, do jornal angolano Nova Gazeta.

 

Eu não lhe vi

O uso da forma pronominal do complemento indireto em lugar da forma do complemento direto é o tema desta crónica de Edno Pimentel, na sua coluna Professor Ferrão, do jornal angolano Nova Gazeta, de 04-04-2013.

 

«Ela nunca se engravidou»

O uso na linguagem popular em Angola da forma pronominal do verbo engravidar aqui assinalado pelo autor, na sua coluna "Professor Ferrão", do jornal angolano "Nova Gazeta", de 28-03-2013.

 

 

A preocupação surgia sempre que recebesse os familiares do marido em casa. Não só porque se comportavam como se estivessem nas suas próprias casas, mas porque faziam questão de tocar, de alguma forma, no assunto que constrangia aquela jovem senhora.

O medo natural das crianças face às agulhas, e a necessidade de o superar durante a campanha de luta contra a poliomielite, está na origem de um neologismo da língua portuguesa, usado profusamente em Angola. Assim nos conta o autor, na sua coluna "Professor Ferrão", no jornal" Nova Gazeta" de 21 de março de 2013.

 

 

«Vou se bater no chão, ninguém me põe a mão»

A troca do pronome reflexo me por se na letra de uma composição do cantor angolano Yuri Cunha, comentada por Edno Pimental, na coluna "Professor Ferrão", do jornal Nova Gazeta, de 14-03-2013.

 

Começou uma hora mais tarde, como já é habitual, todos querem ir à festa, mas ninguém quer ser o primeiro a chegar. Desta vez, ela quis fazer diferente e decidiu começar o boda* com os dez convidados que estavam presentes.