Entrevista a Evanildo Bechara, gramático e membro da Academia Brasileira de Letras, no Programa do Jô (Rede Globo) em 2008.
Pontos mais salientes:
«Somos imortais mas não imorríveis...»: sobre a Academia Brasileira de Letras; sobre a questão dos acentos no Acordo Ortográfico + os ditongos e o trema; «o acento não é a garantia de que a palavra seja bem pronuncida corretamente»; os espanhóis só pronunciam a sílaba tónica; a tradição foneticista de Gonçalves Viana, razão para o pendor do critério etimológico na reforma ortográfica de 1945; a fonética (portuguesa de menino; a importância da leitura no ensino, ao contrário do que hoje vigora nos currículos escolares; «a língua perpetua-se na sua escrita e não na sua fala» (respondendo às críticas dos anti-AO, segundo os quais cresce o fosso entre fala e escrita, no Brasil, em particular (ver o que sobre isto diz o jornalista Alberto Dines do Observatório da Imprensa da TV Brasil); os acentos diferenciais e o seu desaparecimento, o que já vinha acontecendo desde a reforma de 1945, em Portugal; porque é que os espanhóis não entendem o brasileiro ou o português; sobre a crase («a crase em Portugal é um problema fonético, enquanto no Brasil é um problema sintático»).