Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Uso bom das palavras

Nesta missão profissional tratar do bom uso das palavras (ossos do ofício...), dei por mim a pensar na diferença que faz se invertermos a ordem do adjetivo: uso bom em vez de bom uso.

Resulta ou não num significado diferente? Sem dúvida!! O mesmo que, de resto, sucede em «homem grande» (valor físico) e «grande homem» (valor moral).

Neste Dia Mundial do Abraço, apraz-me refletir sobre os benefícios que advêm de fazermos um bom uso das palavras nos nossos relacionamentos.

«Foi ele que se atreviu»

A errada conjugação do verbo atrever-se, no pretérito perfeito do indicativo assinalada em mais uma crónica do autor sobre os usos do português em Angola publicada originalmente no semanário luandense "Nova Gazeta", do dia 20 de maio de 2015.

 

 

Numa emissão da rubrica "Bom Português", do programa "Bom dia, Portugal", da RTP 1, esclareceu-se o erro muito comum do uso da expressão «"ciclo" vicioso», em lugar de «círculo vicioso». (...)

Os apátridas da língua que nos governam

«O futuro do português como língua já está há muito fora do nosso alcance, mas o português que se fala e escreve em Portugal, desse ainda podemos cuidar. É que é em Portugal que o português está em risco, está na defensiva, e o AO é mais uma machadada nessa defesa de último baluarte», escreve o autor em <a href="http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/os-apatridas-...

Acordo Ortográfico: prós e contras

 «[O] que mais me preocupa não é haver pessoas radicalmente contra ou a favor, é haver ainda muita ignorância e uma multiplicação de artigos de opinião que pouco fazem para esclarecer», escreve neste artigo* a professora universitária Helena Topa, «defensora, embora crítica» do Acordo Ortográfico de 1990, em vigor em Portugal desde 13 de maio de 2009 e no Brasil desde 1 de janeiro do mesmo ano. 

* in jornal Público do dia 19 de fevereiro de 2012.

De Acordo?

«Essa brava aldeia de Astérix [do anti-Acordo Ortográfico, em Portugal, findo que foi o período de transição para a sua adoção plena] – escreve o autor na sua coluna de opinião do "Jornal de Notícias" de 15/05/2015 – escava hoje as últimas trincheiras legais, implora a ajuda da preguiça lusófona para a sua derradeira batalha, reza pela heterodoxia de Angola e desconfia do Brasil, essa vil potência do gerúndio e das vogais indecentemente abertas. Quem sabe se ainda os veremos a ter um candidato presidencial – um Octávio com "c" ou um Baptista com um "p" dos que algumas tias velhas ainda cuidam em pronunciar ao chá.»

Debate promovido pelo principal canal da rádio pública portuguesa, Antena 1, a 13 de maio de 2015 assinalando a plena entrada em vigor do Acordo Ortográfico no país.

Com a participação de um dos seus negociadores, académico e dicionarista Malaca Casteleiro, o professor Luís Filipe Redes (da Associação de Professores de Português, que defende a adoção das novas regras do português escrito) e, na posição diametralmente oposta, o diretor adjunto do jornal Público, Nuno Pacheco.

«Não gostei do invento»

No evento (musical), a invenção deu-se na troca das duas palavras de sentido completamente distinto...

 

 

O ‘invento’ em epígrafe foi a venda do disco ‘Team sonho II’, em que participaram dois músicos angolanos.

A venda aconteceu [em Luanda] em vários sítios ao mesmo tempo e os músicos estavam divididos. Assim, muitos não conseguiram um autógrafo dos seus cantores favoritos porque esses, eventualmente, estavam noutras províncias. 

«O português não merece ser tão maltratado»

Por ocasião do Dia da Língua Portuguesa em 5 de maio p.p., o locutor e apresentador de televisão Vasco Palmeirim e a banda D.A.M.A levaram ao programa da manhã da Rádio Comercial uma nova e divertida versão de um dos êxitos deste grupo, a canção Às Vezes – à volta dos "há-des" e dos "houveram", das "sandes" e das "salchichas", e do que mais anda por aí de mal dizer e mal escrever o português. A letra e o respetivo vídeo, a seguir:

 

Refrão:

Às vezes, oiço cada coisa e não fico OK

 Na cadência da variedade do português de Angola, o vídeo que aqui se  disponibibiliza, com a devida vénia aos seus autores, assinala uma lista de vocábulos mesclados pelas línguas nacionais do país – tais como candengue, camba e fobado.