«Causas como esta e causas muito diferentes desta são importantes para que deixem de haver aquelas instituições grandes com muitas crianças, que todos nós conhecemos (…)», escreviam as jornalistas Andreia Valente e Ana Meireles, no jornal “24 Horas” de 12 de Julho p. p.
Escreveram mal. Deviam ter escrito: «Causas como esta e causas muito diferentes desta são importantes para que deixe de haver aquelas instituições grandes com muitas crianças, que todos nós conhecemos (…)»
É das regras mais básicas na língua portuguesa: no sentido de existir, o verbo haver não tem plural; conjuga-se só na terceira pessoa do singular, independentemente de se lhe seguir um termo no plural («aquelas instituições»). Isso é válido também para os respectivos verbos auxiliares, no caso, «deixar de».
Alguns exemplos: tem de haver mais casas destas, deixou de haver tantas crianças desprotegidas, vai passar a haver mais contributos, etc., etc.