Permita-se-me uma achega à reflexão sobre a grafia do jogo Pokémon Go, e dos correlativos derivados em português [cf. "Pokémon, anglicismo mental coach e os 60 anos da Fundação Gulbenkian"].
Mesmo considerando Pokémon um nome próprio, tenho as minhas dúvidas de que, segundo as normas de 1945 e o AO90, seja aceitável, na língua portuguesa, a palavra com a letra k. Os textos eram claros: admitia-se para antropónimos e topónimos, o que não é o caso.
Não o sendo, também não é aceitável escrever a palavra normalmente, exigindo aspas ou itálico, para se distinguir bem que se trata de palavra estrangeira. Por mim, depois de ler essa oportuna nota, passo a escrever o jogo “Pokémon” e um poquémon,
Ciberdúvidas fez muito bem em lembrar a recomendação da Fundéu, para o espanhol. À falta de entidade semelhante para a língua portuguesa, é Ciberdúvidas e a sua equipa editorial que para mim têm assumido essa benemérita função em todos estes anos, desde que foi criada, em 15 de janeiro de 1997. E nem se faz uma ideia integral sobre o que Ciberdúvidas tem feito na proteção da língua.