Parece ser crescente o número de portugueses que pronuncia Expo-98 à portuguesa: ou seja, /êispu/, como /livru/ e /milhu/. Muitos dos intervenientes no programa de Maria Elisa da televisão pública portuguesa RTP, na quinta-feira, 5, assim pronunciaram esta abreviatura de exposição.
Bate certo: ao pronunciar exposição, ninguém diz /écspò/, mas /êispu/. Eis um dos motivos por que a Sociedade da Língua Portuguesa recomenda tal pronúncia, também perfilhada pelo comissário da Expo-98, Torres Campos, que soube corrigir a forma como inicialmente pronunciava a abreviatura.
Apreciada jornalista e porta-voz da inestimável Fundação Calouste Gulbenkian, Maria Elisa, todavia, é uma das figuras públicas que insistem em pronunciar Expo-98 de acordo com línguas estrangeiras e em desacordo com a nossa língua comum: /écspò/.
Insistência lamentável, atendendo à influência que tem. Disso foi exemplo o próprio comissário, Torres Campos, que – ao iniciar uma resposta – foi atrás da pronúncia da pergunta de Maria Elisa. Logo emendou, no entanto, quando voltou a pronunciar a célebre abreviatura.
Por favor, Maria Elisa...