A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) fez 100 anos e assinalou o evento com um dos mais bem construídos anúncios, que versa sobre o poder da vírgula
De facto, a vírgula não é um dispositivo estético-estilístico, nem tem a função primária de marcar uma pausa na fonação. A vírgula é um marcador da estrutura sintáctica da frase.
A propósito, sai neste mês uma obra de divulgação sobre sintaxe — umas das áreas mais desguarnecidas nos estudos linguísticos em Portugal.
Cf. 5 bons motivos (e 10 regras) para usar corretamente a vírgula
N.E. – O não uso da obrigatória vírgula no vocativo – seja quando ela representa um chamamento, um apelo, uma saudação ou uma evocação* – generalizou-se praticamente no espaço público português, dos órgãos de comunicação social à publicidade .Por exemplo, aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui. Uma incorreção várias vezes esclarecida no Ciberdúvidas – vide Textos Relacionados, ao lado –, assim como noutros espaços à volta da língua portuguesa.
Cf. entre outros registos: Vocativo + Vocativo: uma unidade à parte + O uso da vírgula no vocativo, Vocativo – uma questão de vírgula + A vírgula do vocativo – Exemplos de vocativo no início, no meio e no fim da frase + 5 bons motivos (e 10 regras) para usar corretamente a vírgula.
* Por regra, no discurso direto e, geralmente, em frases imperativas, interrogativas ou exclamativas.