O embaixador português Francisco Seixas da Costa lançou o alerta na II Conferência Internacional sobre a Língua Portuguesa no Sistema Mundial: o português vai desaparecer como língua de trabalho nas instituições europeias, e as perspetivas menos desanimadoras no resto do mundo exigem que os agentes políticos usem o português sempre que possível em cenários diplomáticos, designadamente na ONU. Na sequência destas declarações, o Movimento Internacional Lusófono apela às autoridades portuguesas «para que tudo façam para contrariar esse vaticínio [de Seixas da Costa]» e Portugal corrija o «colossal erro geoestratégico» que foi desprezar os laços com o espaço lusófono, assim desqualificando a sua própria língua no seio da União Europeia.
Como temos vindo a assinalar, se a muito esperada mudança de plataforma do Ciberdúvidas realizada em 23 de janeiro trouxe satisfação, infelizmente houve também consequências que têm estado a afetar o acesso normal aos conteúdos das páginas deste sítio. Neste contexto, o Correio dá conta do desapontamento de um consulente pela perda de funcionalidade da nova plataforma, identificando concretamente algumas dificuldades de pesquisa. O Ciberdúvidas responde-lhe, prestando um esclarecimentos que é também devido a todos os outros utilizadores deste serviço. Por isso, enquanto resolvemos este problema gradualmente, reiteramos os nossos agradecimentos por qualquer informação sobre erros detetados que nos seja enviada por intermédio da hiperligação que, para o efeito, se encontra no fundo de cada página visionada.
Com que critério se pode adaptar um topónimo estrangeiro ao português? A pergunta diz respeito a Chi?in?u, nome romeno da capital da Moldávia, e faz parte da atualização do consultório, onde igualmente se discute o neologismo duodecimalizar, em alusão às alterações salariais em Portugal. Estes e outros conteúdos encontram-se disponíveis no Facebook e através de uma aplicação para smartphones com o apoio da Fundação Vodafone Portugal.
Duas leituras a propósito de ensino da língua:
– Português Língua não Materna: Investigação e Ensino, obra coordenada por Cristina Maria M. Flores (Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho), Maria Alfredo Moreira (Instituto de Educação da Uiversidade do Minho) e Rosa Bizarro (CITCEM), num lançamento das Edições Lidel. O livro tem como público-alvo os professores, investigadores, formadores e outros interessados no ensino do Português Língua não Materna.
– O lusotropicalismo nos manuais de História e de Português do ensino primário português no período colonial, de Vanessa Meireles Mendes, Joaquim Pires Valentim, da Universidade de Coimbra. Este estudo visa fundamentalmente averiguar que ideias sobre língua e cultura estão refletidas nos manuais escolares de História e de Português do ensino primário editados entre 1965 e 1972 em Portugal.
Como já referimos, o programa de aprendizagem colaborativa (tandem learning), promovido pela Ciberescola/Cibercursos da Língua Portuguesa, tem tido bom acolhimento por parte de quantos querem consolidar conhecimentos em línguas estrangeiras em troca de conversação em língua portuguesa. A este programa somam-se recursos diversificados para aprender o português ou aperfeiçoá-lo: materiais de aprendizagem, testes-diagnóstico, cursos, e outras iniciativas. Veja a nossa equipa aqui.
Graças a um grupo de amigos, a campanha SOS Ciberdúvidas tem dado um importante contributo para que este serviço em prol da língua portuguesa continue a ser gratuito e a ter acesso livre. Porque não juntar-se a este movimento? Solicite toda a informação pelo endereço sosciberduvidas@gmail.com.