O léxico de uma língua é uma espécie de promontório para os estereótipos culturais de uma comunidade linguística: «O tratamento das unidades que designam conceitos relacionados com raça e/ou etnia nos dicionários merece uma reflexão mais aprofundada. Deverão estas unidades ser tratadas sem qualquer reserva no dicionário? Compete ao lexicógrafo definir o que é socialmente correto? Deverá assumir uma atitude meramente descritiva em relação aos dados que descreve?». Margarita Correia, vice-presidente do ILTEC, propõe-se responder a estas questões no artigo «A discriminação racial nos dicionários de língua: tópicos para discussão, a partir de dicionários portugueses contemporâneos». Um tema de renovada atualidade com a ação judicial contra o Dicionário Houaiss, acusado no Brasil de referências «preconceituosas», «xenófobas» e «racistas».
Nesta atualização, a propósito de patronnesse, não podemos deixar de invocar as transmutações de género na língua, como garçonne ou donzel.
A Ciberescola da Língua Portuguesa — sítio na Internet que detém uma oferta única de recursos interativos de ensino da língua (materna e estrangeira) —, para poder manter, no curto prazo, a gratuitidade e universalidade dos seus serviços, necessita de receitas advindas de acordos com várias entidades. Informamos, por isso, que divulgamos serviços e produtos, sob várias modalidades, no sítio da Ciberescola. Contactar coordenadores (Ana Martins e José Manuel Matias) através de ciberescola@ciberduvidas.pt; tel.: +351 232 613805.