Do vossa mercê ao você não houve apenas amálgama, mas também o nascimento de uma forma pronominal: você ou tu; vocês ou vós, com o consequente enfraquecimento da concordância verbal.
Mas não está tudo dito: porque as formas de tratamento estão no cerne de uma actividade muitíssimo complicada — as relações humanas —, e simultaneamente sob o efeito de factores histórico-sociais, a substituição de você por o senhor, a colega, o Sr. Engenheiro, o compadre não pode ser irreflectida.
Junte-se a isto o factor da variação geográfica/nacional: no Brasil o tu ainda alterna com o você em certos falares nordestinos; o vós está, em Portugal, reservado às gentes do centro interior e norte. Mas no Brasil, o vós morreu mesmo: