1. Na sequência do tenebroso atentado terrorista em Madrid, um consulente interrogou-nos sobre a pronúncia certa para o termo árabe al-Qaeda. Em Portugal, os jornais escrevem Al-Qaeda, que é a transliteração do vocábulo para o inglês – portanto, sem correspondência mínima com o nosso alfabeto. Desde quando se escreve, em português, “qa”?! Pior ainda: quem lê aquele Al-Qaeda inglesado nem ao menos toma em conta como os anglófonos pronunciam (bem) a palavra: o mais aproximadamente, afinal, da pronúncia original árabe. E é assim que ela deve ser pronunciada pelos lusófonos: /Alcaida/. E, como mandam as regras, a sua ortografia também não deverá ir ao arrepio da índole da língua portuguesa. Consultados quatro especialistas, propomos a forma Alcaida.
2. A propósito de lusofalantes. Da Galiza chegou-nos uma consulta que vale pela mensagem de quem se apresenta como «parte da lusofonia, em pé de igualdade com as outras variantes do português (Portugal, Brasil, etc.), e não como língua diferente do português.» Às vezes, é bom recordar que a Galiza e a região Norte de Portugal são a mãe de todas as lusofonias.
3. O Benfica, o clube que mais portugueses une em Portugal e por esse mundo fora, acaba de comemorar o seu centenário. Foi esse o pretexto para a dúvida de um consulente de Lisboa, benfiquista naturalmente, sobre a forma exacta da frase latina que encabeça o emblema do clube da águia: «E pluribus unum» ou «Et pluribus unum»?