É esta a mesma doutrina segundo a qual devemos dizer "discinesia" e não "disquinesia".
O que deve imperar é o correcto e não o uso. Se formos apenas pelo uso, qualquer dia não nos entendemos. É certo que é o uso que faz a língua, mas este, o uso, tem de ser devidamente preparado e corrigido. Por isso, durante muitas dezenas de anos, se dizia "chòfer" e agora quase todos proferem "condutor" ou "motorista". Também há dezenas de anos se dizia "sob o ponto de vista", e agora, correctamente, "do ponto de vista". Também há anos se dizia "fisioterápia", inclusivamente os médicos, e agora está-se a tender para o correcto "fisioterapia".
Ainda bem que os Brasileiros mantêm muitos arcaísmos. Mas eles também não deixam de nos dar maus exemplos. É o caso dessa, do "mídia", à inglesa.
E se me permite, deixo aqui registo da satisfação de termos um médico que tanto se interessa pela Língua Portuguesa – o dr. V.M. Borges.