Se suprimir a locução em causa, é verdade que a frase continua correta e mantém o seu significado essencial, o que pode levar a pensar que «por seu turno» é totalmente supérfluo. No entanto, a locução permite marcar melhor o contraste entre os dois agentes referidos na frase: por um lado, «o juiz» e, por outro, «o advogado».
Não há regras que prevejam e imponham o uso da locução «por seu turno», mas o Dicionário Houaiss apresenta alguns exemplos que permitem perceber que a locução funciona como articulador frásico e textual, contribuindo para a coesão dos discurso:
«1 por sua vez, por sua parte. Ex.: general dá ordens ao capitão, que, por seu t., as repassa aos sargentos; 2 por outro lado. Ex.: meu tio estava no supermercado e, por seu t., seu motorista andava pelo estacionamento; 3 pelo que lhe(s) diz respeito ou quando lhe(s) coube a vez. Ex.: o diretor de pessoal, por seu turno, declarou-se incompetente para fazer tal escolha.»