Barbarismo é o uso de formas que se afastam da norma considerada correcta. Estas formas podem ser fónicas (ex.: *ábside); ortográficas (ex.: *pirezinho); gramaticais (ex.: *`eu vai´); semânticas (ex.: *`saber através de´). Para as pessoas muito zelosas com a língua, os estrangeirismos são considerados também barbarismos.
Estrangeirismo é uma palavra estrangeira ou pretensamente da nossa língua depois de mal adaptada de vocábulo estrangeiro (ex.: *`stresse´, *`croissã pronunciada ¦kruᦴ). O estrangeirismo bem adaptado, que seja conveniente para representar um conceito novo (sem substituto vernáculo habitual) não é modernamente considerado um barbarismo (ex.: bidé, estêncil).
Eu não uso o termo brasileirismo com o sentido de que deve ser evitado em Portugal. Para mim os termos peculiares do Brasil são variantes legítimas na comum língua. Como exemplo deste meu ponto de vista, ocorre-me dizer que prefiro a variante toalete, registada pela Academia Brasileira de Letras, à variante *toilete, pronunciada ¦tuá¦, registada pela Academia das Ciências de Lisboa.
Muito obrigado pelas suas palavras de incitamento, irmão na língua.