Palavras,
sereis apenas mitos
semelhantes ao mirto
dos mortos?
Sim,
conheço
a força das palavras,
menos que nada,
menos que pétalas pisadas
num salão de baile,
e no entanto
se eu chamasse
quem dentre os homens me ouviria
sem palavras?
Palavras,
sereis apenas mitos
semelhantes ao mirto
dos mortos?
Sim,
conheço
a força das palavras,
menos que nada,
menos que pétalas pisadas
num salão de baile,
e no entanto
se eu chamasse
quem dentre os homens me ouviria
sem palavras?
Carlos de Oliveira (Belém do Pará, 1921 – Lisboa, 1981) foi um escritor e poeta do neo-realismo português. Diplomado em História e Filosofia pela Universidade de Coimbra, colaborou com Vértice, Seara Nova, Altitude, Portucale ou Cadernos do Meio-Dia. Das suas obras, destacam-se: Turismo (1942); Casa na Duna (1943); Uma Abelha na Chuva (1953).
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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