Para quê (para que serve?) indignar-me se deparo, nos canais temáticos da TV dedicados à Erudição, à Divulgação Cultural, à História Mundial e a tantos outros objectivos nobres, com as pérolas:
1 – «Segundo as 4 direcções do "compasso"» (Ing. compass = bússola ontem sobre uma técnica para a previsão de erupções vulcânicas.)
2 – «Região pastoral» (hoje, num episódio sobre Júlio César) quando seria mais adequado, e menos sujeito a confusão, «de pastorícia», «de pastoreio», «de pastores».
Para quê, enquanto o Ministério da Cultura (e da Educação) não se dignar a actuar? Uma medida tão simples, por cada infracção gramatical, incluindo tradução, ou erro factual, que esses senhores chicos-espertos, ávidos, trapalhões, incultos e analfabetos tivessem de se haver com uma multa de, por exemplo, 1 [milhar] de euros. Seria simples o resultado: ou esses compatriotas, mudando de ramo de negócios, iriam acabar a vender nabos na Feira das Caldas da Rainha ou resolveriam, de vez, desembaraçar-se de todo o pessoal, tanto tradutores como locutores. Impunes, como continuam, não se importarão, nem ao de leve, com as críticas de que são alvo.
(Fica a sugestão à análise do ministro da Finanças e do Governo).
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