O Pelourinho é uma rubrica de crítica ao mau uso da língua portuguesa no espaço público, nomeadamente nos media em geral e, em particular, por quantos têm obrigações especiais de a cultivar com esmero, como é o caso dos jornalistas. Opinião sempre assinada, responsabiliza tão-só os seu autores – não colidindo, por isso, com a pluralidade de posições e/ou informações à volta de tudo o que respeite o idioma nacional.
Essa tem sido a prática de 15 anos do Ciberdúvidas, e assim continuará a ser, na abordagem de todo e qualquer tema, seja ele mais ou menos polémico, como são os casos do Acordo Ortográfico ou do Dicionário Terminológico (anteriormente TLEBS), por exemplo. Muitos gostariam que o Ciberdúvidas os ignorasse de todo ou mesmo que os combatesse denodadamente. Não é esse o papel nem a razão de ser do Ciberdúvidas. Um e outro estão oficialmente em vigor em Portugal, seguidos por uma parte significativa de quem procura no Ciberdúvidas o melhor esclarecimento – e não campanhas pró ou contra.
Para textos dessa natureza há, e com absoluta equidistância de tratamento, a rubrica Controvérsias, envolvendo inclusive consultores do Ciberdúvidas com perspetivas divergentes disto ou daquilo.
Improcedente, também, é a acusação de se privilegiarem críticas a este ou àquele jornal em favor de outro qualquer. Como está à vista de qualquer leitura mais atenta dos cerca de 800 textos disponíveis no Pelourinho.
P. S. – O que foi assinalado, quer se considere um «erro de concordância» quer de propriedade lexical (ambos inaceitáveis), é agravado pelo facto de ser recorrente este tipo de escrita descuidada no jornal em causa, como o vêm referindo os seus sucessivos provedores dos leitores. Daí esse reparo crítico no Pelourinho.