Em princípio tem razão no que diz, mas nem todos os verbos em -iar se conjugam em -ia, -ias, etc. A coisa é mais complicada, e convém ir fixando os que fogem à regra (e até os que seguem ambos os esquemas!). Exemplificando, negociar faz negoceio e negocio, negoceiam ou negociam, etc. Incendiar é só em -eio (!): incendeio, incendeiam (mas incendiamos e incendiais). Premiar dá premeio, premeias, premeia, premeiam, mas premiamos e premiais.1 Embaciar, tal como, por exemplo, ampliar, tem todas as formas dos presentes do indicativo e do conjuntivo, bem como as do imperativo, só em -i-: embacie, embaciam, ampliemos, amplio, etc. É o uso (mau ou bom) que faz a língua, e umas formas (ou uns verbos, neste caso) vão atrás das outras por analogia, que leva mais ou menos tempo a estabelecer-se.
1 N.E.: O consultor refere-se ao uso generalizado no português europeu. No português do Brasil, prevalece a flexão de acordo com o paradigma de anunciar: premio, premias, premia, premiamos, premiais, premiam.