Tudo como dantes, «quartel-general em Abrantes» é como regista Orlando Neves, no seu Dicionário de Expressões Correntes [Editorial Notícias, Lisboa], que assim se lhe refere:
«Diz-se do que permanece sempre na mesma, sem alteração.»
«Respondia com esta frase o povo quando [em Portugal] perguntado sobre como iam as coisas, no tempo da primeira invasão francesa [1807]. De facto, Junot instalara, calmamente, o seu quartel-general em Abrantes. Em Lisboa, nada se fazia com intenção de se opor ao avanço do general francês. Ninguém lhe ousava resistir. D. João VI, então regente, não tomava qualquer medida no sentido de evitar a progressão de Junot para Lisboa. Daí que, quando alguém perguntava o que se passava, a resposta fosse a frase em título.»