O adjectivo de origem francesa totalitário qualifica o sistema político (totalitarismo) que proíbe uma forma instituída de oposição e em que o Estado controla toda a actividade política (por exemplo, a ex-União Soviética). Neste sentido, o adjectivo totalizante (que desconhecia e não está dicionarizado com ou sem significado político) pode qualificar o acto de dar, atribuir carácter total.
«Uma ideia totalizante» pode ser uma ideia não apresentada como totalitária, mas que procura convencer-nos do interesse do totalitarismo.
Note-se: totalizante deriva do totalizar, que significa: calcular ou formar o total, ter como total, perfazer um total, etc. É, aliás, o sentido corrente do verbo.
Ressalvado este aspecto, algo parecido se dirá de fascista e fascizante, qualificativos do sistema totalitário (fascismo) do italiano Mussolini, que, na primeira metade do século, influenciou regimes políticos de vários países, entre os quais Portugal.
Na formação dos adjectivos totalizante e fascizante, existe um elemento comum: o sufixo nominal de origem latina -ante (posposto ao verbo). Provém do particípio presente dos verbos latinos de infinito em -áre e significa agente, profissão ou também certa qualidade ou estado: como em feirante, estudante, esfuziante, radiante, etc.