Este assunto dava para um tratado, pelo que vamos limitar-nos aqui a resumir algo de tais teorias.
A sintaxe estrutural pode caracterizar-se por uma tripla recusa: das elipses, das considerações semânticas e da distinção entre a sintaxe e a morfologia. Esta sintaxe esbarra em problemas que é incapaz de resolver: a) não distingue entre enunciados diferentes; b) não tira a ambiguidade a enunciados equívocos; c) não dá claramente conta dos factos de inversão ou de permuta; d) certos morfemas descontínuos são dificilmente analisáveis segundo um processo de substituição.
A sintaxe funcional não se contenta com isolar as unidades mínimas de significação (os monemas), visa estabelecer as suas funções recíprocas. Os monemas classificam-se segundo a sua maior ou menor «autonomia sintáctica». As funções directamente ligadas ao predicado dizem-se primárias, e as outras dizem-se não primárias; a sintaxe funcional restabelece certos critérios de sentido. Deve-se notar que não permite dar conta dos enunciados em situação, os quais se consideram incompletos, porque a comunicação se apoia em elementos não linguísticos. A sintaxe funcional é uma sintaxe «normal», entendendo-se por isso, segundo Martinet, que é atestada quando a comunicação se realiza por meios puramente linguísticos.
A sintaxe generativa (ou gerativa) integra certos aspectos da sintaxe estrutural, mas pretende ao mesmo tempo resolver as dificuldades em que esbarrava a sintaxe estrutural e dar conta do facto de que todo o sujeito falante pode emitir ou compreender um número infinito de enunciados, mesmo se nunca os pronunciou ou ouviu. Chomsky elaborou uma teoria da linguagem cuja sintaxe é a componente mais importante, sendo as outras duas a componente semântica e a componente fonológica. Esta sintaxe comporta uma parte propriamente generativa, a base, que é a descrição ou a produção das estruturas profundas, e uma parte transformacional que permite, por séries de operações (obrigatórias ou facultativas), passar das estruturas profundas às de superfície.
Para Guillaume a sintaxe tem que ver com «a expressão». É secundária em relação à «morfologia», a qual é um facto de língua que procura a solução dos problemas primordiais da representação da experiência do mundo por meio das formas gramaticais.